quinta-feira, 4 de agosto de 2016

AFINAL, O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO

A troca de cargos por apoio se tornou uma característica tão brasileira na política quanto o samba e a feijoada são instituições nacionais. A prática - condenável -, tão criticada no exercício do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, foi naturalizada nesta quarta-feira (3) pela candidata a prefeita de Alagoinhas, Sônia Fontes (PSB), flagrada em uma gravação negociando o apoio do  PHS em troca de cargos comissionados numa eventual eleição em outubro. 

Apesar de muito concreta na política nacional – e com parlamentares comemorando ao emplacar nomes nos mais diversos escalões nas esferas federal, estadual e municipal -, o uso da máquina pública para negociatas não deveria ser institucionalizado. Sônia, ex-deputada estadual, no entanto, é apenas um bode expiatório. A candidata socialista (veja só) resumiu a comédia pastelão política que se tornou o Brasil. 

Das 417 cidades da Bahia, com 35 partidos disponíveis, o número de negociações como a gravação divulgada ultrapassa a casa dos milhares. Se a conta levar em consideração os municípios brasileiros, multiplique por muito mais vezes. Partidos resumidos em uma pasta e com donos nos planos nacional, federal e municipal são personagens ideais para que o interesse público não seja levado à sério. Afinal, o Brasil não é um país sério. Por Fernando Duarte no Bahia Notícias.  

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