domingo, 1 de janeiro de 2017

CÂMARA HELIÓPLIS: GRITOS, VAIAS E APLAUSOS

A eleição para a Mesa Diretora do Legislativo de Heliópolis, no domingo, 1º de janeiro 2017, teve registro de duas chapas. A chapa nº 01 como candidato a presidente Valdelício Dantas da Gama – Vice-presidente, Giomar Evangelista dos Santos – 1º Secretário, Manoel do Tijuco e, como 2º secretário, Doriedson Oliveira.

A chapa nº 02 já havia sido inscrita e trazia como presidente, José Clóvis Pereira – vice-presidente, Maria da Conceição – 1ª secretária, Ana Dalva Batista Reis e, 2º secretário, Ronaldo Santana.

Durante todo o processo, a indignação do público aumentava. Gritos, palavras de ordem, xingamentos, vaias, dirigidas sempre a Zé do Sertão, Valdelício ou Giomar Evangelista. Ildinho foi aplaudidíssimo. Ana Dalva, Ronaldo, José Clóvis e Maria de Renilson igualmente. O público já havia tomado partido e a sessão solene ameaçava caminhar para o descambado, embora Giomar tentasse em vão silenciar a plateia.

Começa então o processo de votação, logo após a assinatura das cédulas eleitorais. Um a um seguem para o voto direto e secreto. Ao final, é feita a contagem e os números refletem o que todos já esperavam: Chapa 01- 5 votos, Chapa 02- 4 votos.

Os novos administradores da Câmara Municipal de Heliópolis tomaram posse para os próximos dois anos, claro, debaixo de uma sonorosa vaia. Já no cargo, Valdelício Dantas da Gama dá posse ao vice-prefeito Zé do Sertão. Ninguém ouviu seu juramento.
Nunca se viu uma quantidade tão grande de palavrões direcionados a um político na história de Heliópolis. A gritaria foi espetacular. Embora a mesa tentasse conter os ânimos, a ação foi inútil.

Quando foi a vez do prefeito Ildinho, houve também muita zoada, mas eram aplausos, gritos de “Ildinho, Ildinho!”, um dos poucos momentos alegres da solenidade de posse dos eleitos.

O momento infeliz ao extremo foi quando foi dada a palavra a Zé do Sertão. Mais vaias, mais gritos ofensivos. Um verdadeiro tumulto. Teimoso, o vice-prefeito continuou falando, mas era uma disputa insana. A plateia sempre foi mais forte.

Para aumentar a desgraça, Giomar Evangelista ameaçava tomar providências e chamar a polícia. Mas não adiantava, o povo estava irritado com a traição de Zé do Sertão ao grupo fundado por ele próprio.

Para evitar um problema maior, já que o presidente não tomava uma atitude, o prefeito empossado e os vereadores governistas se retiraram do Plenário e convocaram a todos para deixarem a Câmara Municipal. 

Com o Plenário vazio, Valdelício tentou justificar sua atitude de mudar de lado mais uma vez, rotina na sua atuação ao longo dos oito mandatos. Giomar Evangelista, como sempre, enalteceu suas supostas virtudes, já com a presença ostensiva da Polícia Militar.

Após o encerramento, os governistas voltaram para assinar o Termo de Posse quando tudo parecia caminhar para a normalidade.

No dia em que Ildinho perdeu a maioria na Câmara Municipal e rompeu definitivamente qualquer possibilidade de reaproximação com seu vice, numa atitude inteligente, esvaziou o ambiente do Poder Legislativo e evitou uma tragédia anunciada desde o início da sessão. Do Blog do Landisvalth



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