Em nova ação contra membros do Partido Progressista (PP) no âmbito da
Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal (MPF) detalha delações
premiadas, e a principal delas tem como alvo o conselheiro do Tribunal
de Contas dos Municípios (TCM-BA), Mário Negromonte, por supostos
delitos enquanto ele era ministro das Cidades no governo da
ex-presidente Dilma Rousseff. As revelações do MPF apontam detalhes de
todos os baianos do PP supostamente beneficiados pelo esquema de
corrupção que assolou a Petrobras e deu origem à Lava Jato.
A representação do Ministério Público Federal tem como base
depoimentos do doleiro Alberto Youssef, peça-chave no início da Operação
Lava Jato, e articulador das propinas entre executivos da Petrobras,
políticos e donos de empreiteiras.
De acordo com o Ministério Público, Alberto Youssef afirmou que
Negromonte perdeu o cargo de ministro das Cidades em 2012 porque “não
estava fazendo caixa” para o PP. Segundo o doleiro, o ex-presidente do
PP na Bahia estaria “roubando apenas para ele próprio”.
Já em 2014, os
procuradores mencionaram que a ida do ex-ministro ao TCM da Bahia se deu
como contrapartida pelo apoio que ele deu à chapa do então candidato a
governador Rui Costa (PT). Na ocasião, Mário Negromonte teria sido
‘elevado ao posto de conselheiro pelo então governador Jaques Wagner’.
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